15/08, o dia que a saudade foi grande demais

Julhy Van Den Berg

Oi, outro dia senti tua falta… Falta do teu sorriso, das tuas esquisitices e teorias confusas, bateu saudade do teu carinho, do aconchego que era deitar no teu colo.
Me mostraram uma música e parecia que conseguiam enxergar através de mim, podendo ver os meus pensamentos chegando até você, pois era a música dos domingos preguiçosos, dos cafunés intermináveis, dos copos de cerveja, das tigelas de chocolate ou sorvete e de nós duas deitadas vendo filmes ou séries que nunca íamos terminar, sabe por que? Ou eu dormia ou me perdia nos teus beijos.
Terminei aquela série, estou esperando a próxima temporada e me deu uma vontade enorme de comentar contigo. Fiz tatuagens novas, queria que você estivesse comigo, mudei o meu quarto e não pude te mostrar. Fica até meio doloroso às vezes essa distância necessária, mas tudo bem, passa né?
Fiz aquele passeio que tanto combinamos, aquele lance de explorar a natureza, relaxar dentro d’água, fazer comidinhas e das risadas na roda de amigos, nossos amigos.
É, bateu saudade de ti e dos dias contigo e ela foi tanta que tive que conter as lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos.

Of Monsters and Men – King And Lionheart

Ei, o que é amor?

Julhy Van Den Berg

Já pensei que sabia o que era amor várias vezes, mas toda vez topo com algo que me mostra que não sei de nada. Na mais simples explicação eu diria que amor é quando o mundo vira todo de cabeça pra baixo e tu fica ali voando e rindo de tudo o que o outro faz.
Amor é sentir as borboletas no estômago – o que é um sentimento horrível, mas no amor é bom – e ficar feliz, é não ter certeza do amanhã e sair correndo sem rumo.
Amor é querer gritar, pular, deitar, ficar quietinho, querer tudo e nada. Querer voar pelo mundo, porque estamos flutuando, ESTAMOS AMANDO e ao mesmo tempo querer ficar ali, paradinho, vendo o outro cortar as unhas do pé!
Amor é não parar de pensar no outro e não achar isso doentio, porque poxa vida, é AMOR NÉ?
Amor é a doença mais gostosa que podemos ter.

Vem aqui!

Julhy Van Den Berg

Amor pra lá, amor pra cá! Quer falar de amor?! Primeiro me diz, tu te ama? Tu te respeita? Tu te cuida?
Se a resposta pra alguma dessas perguntas for não, então pode dar meia volta e ir embora!
Eu te amo! Eu te quero!
Tu sabe bem a o significado dessas palavras? Ou tu só vomita elas pra ficar mais bonito?
Tu é capaz de passar por cima das tuas mágoas, raivas e birras só pra poder ficar bem primeiro contigo e depois com o outro?!
Se a resposta pra alguma dessas perguntas for não, então pode dar meia volta e ir embora!
Tu já se arrependeu DE VERDADE das coisas que fez de errado?! Já pediu desculpa do fundo do peito porque não queria ter feito aquilo?
Se a resposta pra alguma dessas perguntas for não, então pode dar meia volta e ir embora!
O que tu sente por mim? Por ele? Por ela?! É AMOR?
Se a resposta pra alguma dessas perguntas for sim, então pode entrar, me abraça, me beija… Eu tava morrendo de saudade de ti!

Maria

Julhy Van Den Berg

Como é que pode uma pessoa ser leve como brisa e forte como ventania?
Como é que pode um ser tão leve, delicado e tão forte, valente!
Como pode tu ser assim, desse teu jeito todo doido, de mexer com o miolo e deixar todo mundo meio bobo.
Me explica, como que faz para ter esse sorrindo lindo, que faz homem virar menino e chorar de gargalhar!
Tu na vida faz muita soma, multiplica e equaciona a felicidade só com o teu chegar…
Tua ausência deixa saudade, aperta o peito e corta pela metade, esperando tua volta pra completar.
Eita Maria, tu não sabes o bem que faz, teu cheirinho, teu risinho, me deixa tão alegrinho que aplaudo até o sol raiar.

Você me obrigou a te expulsar da minha vida

Julhy Van Den Berg

Eu fiz de tudo pra te manter aqui comigo, do meu lado e você só escorregava, fugia, corria, quantas vezes tive que gritar aos quatro ventos, perguntar nas esquinas até saber onde foi parar o meu amor. Opa, meu não! Você era de todo mundo, menos o meu amor. Você foi do Zé, da Maria, do Carlos, da Ana… De Todo mundo, mas menos minha!
Dai um dia eu quis ir embora, e diferente de você pedi educadamente para partir, seguir a estrada sozinha, falei que voltaria e talvez nem demorasse muito, antes ainda fiz questão de falar o quanto sentiria sua falta, de como tu eras maravilhosa, que não te queria mal e nem nada, mas ficar estava me machucando tanto, que não dava mais.
Você não me respeitou, insistiu em estar presente, me procurou, me ligou, mandou fotos e mensagens, me enchendo de vontade tua, de saudade tua e quando pensei que não iria piorar tu me encheste de esperança, meu peito batia forte de novo e toda a dor que senti sumiu. Tentei ser forte, sabe?
Te olhei nos olhos e falei “Por favor, me deixa ir”
Então chegou um momento que eu simplesmente tive que te jogar porta a fora, pois não havia mais paixão nos teus olhos e nem nos meus, queria teu beijo, mas ele sempre vinha com um gosto amargo de final. Tuas mensagens sempre chegavam nas horas emergenciais, as tuas! Dificilmente as minhas.
Você parou de ser aquela maravilha que meus olhos pintavam no início. Quis maquiar todas as coisas ruins, mas não dava mais, todos os meus recursos se esgotaram, fui me tornando uma pessoa que sempre temi e estávamos nos tornando algo que sempre abominei.
Então, um dia eu te expulsei da minha vida, e o pior é que doeu mais em mim, mas uma hora vai parar de doer, passarei por você e esse embrulho que sinto no estômago não existirá mais. Expulsei você e era tudo o que eu não queria fazer.

02.11

Julhy Van Den Berg

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Eu pensei que estava pronta pra dizer adeus, pra deixar seguir em frente, me deixar seguir… Achava que ficaria tudo bem, o ar era mais leve, o céu mais bonito, porém quando me dei conta estava jogada no chão, chorando, cheirando a álcool, procurando o isqueiro antigo, me embriagando de café todas as manhãs para finalmente continuar de pé.
Era uma dor sem fim, a tristeza me atravessava o peito! Estava, sem sombra de dúvidas, arrependida de te mandar ir. E os pensamentos começavam a me rodear, que eu poderia ter aguentado um pouco mais, nem era tão difícil assim, o ruim é não te ter.
No entanto depois de umas temporadas de séries idiotas, manhãs de ressaca, mensagens e ligações que me fizeram quase morrer de arrependimento no outro dia eu descobri que não vou morrer disso. “Se não morri de ressaca, não é de amor que vou morrer” essa é a frase de camisa barata mais certa de todas. E olha que esses dias quase morri de ressaca!
Ainda estou me embriagando de café pra conseguir ficar de pé no trabalho, ainda tenho as tristezas todas as noites antes de dormir, fico aflita porque quando meu telefone toca ainda penso que é você… Mas uma hora isso acaba, ele vai tocar e vou pegar ele, sem nem pensar ou imaginar que tu perderias teu tempo indo na minha janela e digitando ao menos um oi. Os ainda’s vão todos embora, junto contigo.
Talvez eu não estivesse pronta pra te dizer adeus, mas foi preciso, antes que nos afogássemos nos silêncios e achismos.

Nota 02.16

Julhy Van Den Berg

Eu te vejo cheia de cobertas e vestidos longos, mas da minha cabeça nunca vai sair a imagem de você nua, cavalgando sobre mim, com a testa franzida e o lábio levemente levantado para o lado esquerdo, me puxando para o beijo um pouco antes do teu clímax, teu gozo.
Eu te vejo sorrindo, dona do próprio corpo, esse que ninguém mais pode tomar como posse, cheia de si, finalmente cheia de si. Isso me assusta um pouco.
Eu te vejo andando, confiança, sorriso estampado no rosto, marcas no corpo de uma alma que já viveu.
Eu te vejo cheia das cobertas que hoje imprimem aos meus olhos tua alma desnuda, teu corpo gritando, tua boca gemendo e teu olhar pulsando.
Hoje te vejo e sinto saudade, dos dias difíceis, das noites em claro.

Habitação

Julhy Van Den Berg

São em dias como hoje, quando a saudade me bate o peito que sinto o quão importante era o teu recheio em mim. O que me dói não é teu sorriso e sim o fato de eu não ser o motivo dele. Porque te amei, cegamente, te quis como meu amor, meu amante e amigo. Porém não consegui nenhum dos três.
Não quero tua infelicidade, ainda existe uma ponta de bondade em mim que prefere te ver feliz com outro, mas feliz, do que infeliz ao meu lado. Te vejo passar do outro lado da rua com um sorriso de orelha a orelha, até tua respiração parece leve e o vazio grita dentro de mim, chamando teu nome, mas tu não escutas.
Talvez em um dia aleatório os gritos do meu peito cheguem até os teus ouvindo, rezo para que quando o este chegar meu coração ainda esteja vazio esperando para ser tua habitação.

Rogi

Julhy Van Den Berg

Sabe hoje eu queria um suco de abacaxi, mas não é qualquer um… É um bem ruim, cheio de açúcar que dá arrepio quando bebe, aquele que eu tomava contigo. Estou desejando aquele cachorro quente com um pão bem duro que tu passas meia hora mastigando.
Caminhar até cansar, sentar no nosso banco de praça e conversar sobre as “fireworks”, ir ver o nosso filme da tradição no cinema vazio. Em especial hoje a saudade tá apertando mais, é como a fome estando maior que o normal, está sendo como o primeiro ano de novo e tudo o que eu não sinto é falta do 2011 quando tu foste embora.
Vem sentar na orla comigo e imaginar diversas coisas acontecendo ao nosso redor, vem pra me servir de fuga de tudo e de todos, vem pra topar comigo até a ida à esquina. Eu sinto tua falta e não é pouco, vem com força e me parte o coração.
Eu estou com saudade de brigar sozinha contigo, de ouvir “ok, tu estás certa” e saber que nunca estive tão errada.
Sabe hoje eu só queria aquele nosso suco, aquela conversa e naquele banco, eu só queria que tu estivesses aqui.

Saudade

Entre Amigos, Textos

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Eu sinto saudade do teu cafuné nas tardes vazias daquelas férias passadas, eu sinto falta daquele teu abraço apertado e daquele teu cheiro único que nunca te larga. Espero todos os dias tua chegada, teu abraço e poder sentir o teu cheiro.

Nada nessa cidade nova conseguirá se comparar ao que temos. Essa conexão, sabe? Conheci pessoas maravilhosas, me atrevo até a dizer que alguns amigos antigos foram substituídos. Mas você vai ter sempre esse espaço enorme que ocupas no meu coração, quase metade dele, um ventrículo e um átrio, inteirinhos. E sem muitos rodeios, mas numa sequência bem clichê, é simplesmente isso que quero dizer: nossa amizade é única.

E eu aqui tento seguir e até consigo, mas o meu pensamento é em ti, em nós… Quis nunca te perder, feliz estou por saber que meu lugar está guardado, é um doce te amar. Já colocou fogo em palha? Se colocar verá um fogo lindo, maravilhoso e esse acabará em segundos, sua beleza é temporária. Tu chegastes na minha vida como fogo de palha, lindo e forte, brilhando e me dando euforia, só que em vez de apagar, todos os dias é como se tu se intensificasse, torna-te forte no meu coração… Aquecendo mais, me deixando mais feliz por ter-te comigo.

Sempre que eu te visito, eu percebo que nada mudou. E tu vai ver que nossa amizade vai vingar, ela é um sucesso anunciado, pra vida inteira. Mas mesmo assim, a saudade machuca, aflige a metade do meu coração que tu estás. E eu vou assim, vivendo e convivendo com a falta que tu faz. É por isso que eu te respiro nas férias e seguro o fôlego durante os semestres, que é pra não sufocar com a tua falta. Tu vale à pena, e a única pena é não poder te ter por perto, sempre que gostaria.

Guarda esse ar assim como eu preservo o cheiro da camisa que um dia foi tua, como eu tranco em minha mente as histórias iniciadas e finalizadas em uma avenida. Cativo-te em mim como um tesouro, algo raro que não consigo nem achar palavras pra descrever.

Espera que daqui à pouco eu tô de volta pra nossa terra natal, tô de volta para os braços da minha menina dos olhos, dos cabelos cacheados e das conversas intermináveis. E volto cheio de histórias pra contar, que não conto agora porque elas só tem graça quando conto elas segurando tua mão, olhando teu sorriso, enquanto caminhamos até o fim da avenida.

Texto escrito em parceria com: Rafael Sanguanini (Blog)