A mulher cansada

Julhy Van Den Berg

E a mulher com o jeito inquieto muda de posição e beija o tabaco
Aparentemente triste e destruída
Gasta pela vida
O olhar caído e cansado
Tentava se iludir, que aquilo acalmaria o coração
Tentou acreditar que a solução era a nicotina com cafeína
Quanto mais tragava, morria, a alma ia se dissipando com a fumaça
A lágrima escorria no rosto cansado
Se sentia culpada
Responsável pelo próprio sofrimento
Desgraçada
Destruída
Calma mulher, a culpa não é sua, o sistema que é sujo, que insiste em te deixar menor, mas acorda! Tu é grande!